quinta-feira, 29 de abril de 2010

Revista: A intimidade com o leitor



Íntimo é aquilo que está lá dentro, no âmago. Qual o seu grau de intimidade com revistas? O que ela incita o que ela desata? Imaginemos que você toma às mãos este estranho objeto do desejo e o coloca a dois palmos de seus olhos. Você o desfolha e abre na página que lhe apetece. Você a segura com firmeza, perpassa cada linha, cada letra, cada imagem. Depois, firma com o polegar e o indicador da mão direita( no caso dos destros) o alto desta página e, ato contínuo, passa a seu verso. E assim sucessivamente da capa à contracapa. Trata-se de um ato de posse(seu) e de doce submissão(dela, a revista).
Digamos que você, num arroubo de ódio, rasgasse páginas(para acender a chama do fundo do forno, inalcançável aos malditos e curtos palitos de fósforo) ou as reunissem todas num feixe que massacrasse o mosquito tonitruante e sanguinário que o perseguia. Além destas louváveis funções, revistas nos fazem companhia por uma série de outras razões...
Revistas são pioneiras e permanentes. Elas estão na vanguarda das idéias (seus editores têm mais tempo para refletir sobre elas e discuti-las). Sua permanência advém na durabilidade; talvez menos que a de um bom livro, certamente mais que a de um jornal. Elas têm alta rotatividade: cada revista é lida, em média, por quatro leitores. Cada qual com seu gosto e aptidão. Apesar de ter seus conteúdos unificados por uma lombada colada ou grampeada, delas podem ser extraídas partes que permitam transplante de sugestões culinárias e moda, decoração e viagens, política e comportamento, ou “ vastas emoções e pensamentos imperfeitos” para nos fazer refletir e sonhar.
Sonhos são fundamentais para que os que se dedicam à leitura de revistas! Mas vale lembrar que elas também são carnais, físicas flexíveis como ginastas romenas. Portanto, podem ser dobradas( suportam, altivas, a convivência com os estranhos objetos abrigados em bolsas femininas), ou ainda recortadas e emolduradas( o folder de playboy foi inventado para isso).
Revistas possuem- ainda no campo das intimidades – fascinantes possibilidades gráficas, permitindo amostras, folhetos, aromas, encartes com sons, pop-ups que explodem ao olhar. Elas são verdadeiramente interativas, muito mais que o mundo virtual, que só alcança, dos sentidos, o nosso olhar. Revista é bom de cheirar (o papel ou os aromas que nela são encartados) e boa de sentir com as pontas dos dedos, com a palma das mãos. E, como La Donna é móbile, revista também o é; aceitando freqüentar de banheiros a cabines de metrôs ou banco de jardins – todo passeio romântico - ,desde que nós a convidemos a levá-la, de braços dados.
Revistas têm seletividade. Você sabe com quem está falando. Você sabe quem está comprando aquele produto: o seu público por faixa etária, segmentação social ou econômica, cultural, área regional. Enfim, com interesses comuns à sua mensagem. A leitura é um ato de vontade, que para se informar, se aculturar, se divertir ter prazer. Neste momento, a mensagem jornalística ou publicitária é percebida de uma forma muito mais envolvente. Veja durante certo período, lançou campanha publicitária com o mote: “- O que você vai conversar amanhã se não tiver lido Veja?”
Revistas são uma opção consciente do leitor. Ele coloca a mão no bolso, pede ao jornaleiro, paga, antes de tê-las nas mãos. É como no jingle dos anos 50, da Revista do Rádio...” que toda semana eu espero/ revista do Rádio: - Êi, jornaleiro! / É esta que eu quero.” O querer, o possuir aquele objeto tridimensional cria uma relação de fidelidade (“infinita, enquanto dure”)com quem lê. E sendo uma via de mão dupla com o leitor, entre o anunciante e o leitor e entre os próprios leitores cria um universo de possibilidades. Entre os que surgiram como novidade editorial nos últimos anos, vale registrar a regionalização ( encartes por região geográfica) e a personalização( mensagens ou anúncios individualizados com o nome do assinante, dirigidos a segmentos pré- selecionados em mailing).
Revistas abrem um campo ilimitado de opções para a família, os amigos, ao ambiente de trabalho. Você pode recorrer a elas, mesmo que no limite para conseguir um colo, um aconchego, uma massagem no ego, dada a variedade de temas que abordam. É esta multiplicidade de interesses que têm levado a crescente segmentação no mercado de revistas, com o multiplicar de títulos.
Portanto, revista é um objeto útil, ainda que não sejam necessariamente nocivos os outros meios de comunicação( a eles poderíamos aplicar muitos dos itens até aqui arrolados). Mas o que atrai e fascina em revistas – e ademais, em qualquer leitura da palavra impressa- é a credibilidade( da qual andamos tão faltos e sequiosos). Como no jogo do bicho, ”vale o que está escrito”, aquilo que não pode ser mais alterado, que é uma prova de permanência, como uma escritura, um contrato. Na verdade, editores e leitores da palavra impressa assinam um contrato de mútua credibilidade.
Agora que falamos delas, as revistas, vamos de nós, leitores, estes estranhos seres que –sabe –se Deus lá por quê? – resolvem a intervalos regulares, abrir e desfolhar um amontoado de páginas de papel... Uma revista não existe sem o seu leitor. Por isso, o leitor deve vir sempre em primeiro lugar. Você tem que acreditar nele. Antes de definir uma idéia, é importante definir o leitor que você busca. E sabe, com humildade, que tão importante quanto escrever é perceber o que ele vai ler e capturar daquilo que você escreveu.
Seu texto só será genial se for lido. Sua reportagem só será significante se ela ecoar na lama do leitor. Isto parece muito simples. Mas não é. Profissionais da comunicação têm a tendência a perceber o mundo circundante apenas com seus próprios valores. Temos uma natural arrogância ( e isto vale não apenas para quem trabalha nos trópicos). Quem não acredita no seu leitor,no seu espectador ,no seu cliente, no seu consumidor não deve produzir nenhum espetáculo, não deve editar nenhuma revista. Nem Veja .Nem Sétimo Céu.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Parabéns TAM


Uma mulher branca, de aproximadamente 50 anos, chegou ao seu lugar
na classe econômica e viu que estava ao lado de um passageiro negro.
Visivelmente perturbada, chamou a comissária de bordo.
'Qual o problema, senhora?', pergunta a comissária..
'Não está vendo?' - respondeu a senhora - 'vocês me colocaram ao lado de um negro. Não posso ficar aqui. Você precisa me dar outra cadeira'
'Por favor, acalme-se' - disse a aeromoça - 'infelizmente, todos os lugares estão ocupados. Porém, vou ver se ainda temos algum disponível'.
A comissária se afasta e volta alguns minutos depois.
'Senhora, como eu disse, não há nenhum outro lugar livre na classe
econômica. Falei com o comandante e ele confirmou que não temos mais nenhum lugar na classe econômica. Temos apenas um lugar na primeira classe'. E antes que a mulher fizesse algum comentário, a comissária continua:
'Veja, é incomum que a nossa companhia permita à um passageiro da classe econômica se assentar na primeira classe. Porém, tendo em vista as circunstâncias, o comandante pensa que seria escandaloso obrigar um passageiro a viajar ao lado de uma pessoa desagradável'.
E, dirigindo-se ao senhor negro, a comissária prosseguiu:
'Portanto senhor, caso queira, por favor, pegue a sua bagagem de mão, pois reservamos para o senhor um lugar na primeira classe...'
E todos os passageiros próximos, que, estupefatos assistiam à cena, começaram a aplaudir, alguns de pé.


'O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons...'

terça-feira, 20 de abril de 2010

PRETO E BRANCO

PRETO E BRANCO

Perdera o emprego, chegara a passar fome, sem que ninguém soubesse: por constrangimento, afastara-se da roda boêmia que antes costumava freqüentar – escritores, jornalistas, um sambista de cor que vinha a ser o seu mais velho companheiro de noitadas.
De repente, a salvação lhe apareceu na forma de um americano, que lhe ofereceria o emprego numa agência. Agarrou-se com unhas e dentes à oportunidade, vale dizer, ao americano, para garantir na sua nova função uma relativa estabilidade.
E um belo dia vai seguindo com o chefe pela Rua México, já distraído de seus passados tropeços, mas tropeçando obstinadamente no inglês com que se entendiam – quando vê do outro lado da rua um preto agitar a mão para ele.
Era o sambista seu amigo.
Ocorreu-lhe desde logo que ao americano poderia parecer estranha tal amizade, e mais ainda incompatível com a ética ianque a ser mantida nas funções que passara a exercer. Lembrou-se num átimo que o americano em geral tem uma coisa muito séria chamada preconceito racial e seu critério de julgamento dos subordinados talvez se deixasse influir por essa odiosa deformação. Por via das dúvidas correspondeu ao cumprimento do amigo da maneira mais discreta que lhe foi possível, mas viu em pânico que ele atravessava a rua e vinha em sua direção, sorriso aberto e braços prontos para um abraço.
Pensou rapidamente em se esquivar – não dava tempo: o americano também se detivera, vendo o preto aproximar-se. Era seu amigo, velho companheiro, um bom sujeito, dos melhores mesmo que já conhecera – acaso jamais chegara sequer a se lembrar que se tratava de um preto? Agora, com o gringo ali a seu lado, todo branco e sardento, é que percebia pela primeira vez: não podia ser mais preto. Sendo assim, tivesse paciência: mais tarde lhe explicava tudo, haveria ele de compreender. Passar fome era muito bonito nos romances de Knut Hamsun, lidos depois do jantar, e sem credores à porta. Não teve mais dúvidas: virou a cara quando o outro se aproximou e fingiu que não o via, que não era com ele.
E não era mesmo com ele.
Porque antes de cumprimentá-lo, talvez ainda sem tê-lo visto, o sambista abriu os braços para acolher o americano – também seu amigo.
(Fernando Sabino in A mulher do vizinho)

terça-feira, 13 de abril de 2010

Tragédia no Rio de Janeiro


" Coisas terríveis acontecem todos os dias. Somos inconsequentes e culpamos os outros, o que fazemos pelo próximo? Essa auto afirmação, esse nosso ego, essa nossa falta de sensibilidade para com o semelhante só nos permitem enxergar além do nosso umbigo quando tragédias irreparáveis chegam às nossas tendas. Não pensamos: isso poderia ser comigo. Somos inatingíveis, nos preocupamos com o que outro vestiu, em julgar, em limitar, rotular, afastar. Onde está o amor pra nos aproximar? Onde está o respeito? Porque não vemos que há uma trave em nossos olhos e estamos sempre com tempo para tirar o argueiro do olho do outro? Não sou religiosa. Não gosto de rótulos. Não frequento religiões, mas creio no que vem do céu. Por causa da minha fé sou mais feliz! Divido isso com vocês porque creio no impossível e ele se faz possível assim. Isso transcende minha compreensão, isso me faz bem .É o que tem para hoje. Não posso provar matematicamente. Nem Sócrates pôde (hunf!), mas sou uma testemunha de que podemos mais... sempre! Sobretudo, se estamos juntos. Parece Utopia? Dane-se o que isso parece. Faça junto a alguém. Dois ou mais são sempre mais fortes. Porque que não tentar? Porque preconceituamos? Porque a nossa arrogância nos faz acreditar que isso não dá certo? Ah! Façamos. " #Claúdia Leitte, via twitter

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   Para doações
Viva Rio
O Viva Rio está recebendo doações.
Local de entrega: Rua do Russel, 76 - Glória
Informações: 2555-3750 (Cibele)
Doações em dinheiro: Banco do Brasil
Ag.: 1769-8
C/c.: 411396-9

FELIZ DIA DO BEIJO



É você vai ser pra sempre
Meu destino, minha luz
E meu mundo será sempre
Como se estivesse a voar
No céu azul
Aí então, quando você sentir os lábios meus
Verá que o seu caminho é de encontro ao meu
E, nesse beijo, nosso amor
Será apenas um


Luan Santana- Somos apenas Um

sábado, 10 de abril de 2010

Setença Judicial

Eis parte da sentença do juiz Rafael Gonçalves de Paula, da 3ª Vara Criminal de Palmas (Tocantins), que deu liberdade a dois cidadãos presos, acusados de roubo de duas melancias. Fez tanto sucesso que a Escola Nacional de Magistratura incluiu o despacho do meritíssimo, na última sexta-feira, em seu banco de sentenças:

Para conceder a liberdade aos indiciados, eu poderia invocar inúmeros fundamentos: os ensinamentos de Jesus Cristo, Buda e Gandhi, o direito natural, o princípio da insignificância ou bagatela, o princípio da intervenção mínima, os princípios do chamado direito alternativo, o furto famélico, a injustiça da prisão de um lavrador e de um auxiliar de serviços gerais em contraposição à liberdade dos engravatados que sonegam milhões dos cofres públicos, o risco de colocar os indiciados na universidade do crime (o sistema penitenciário nacional).

Poderia sustentar que duas melancias não enriquecem nem empobrecem ninguém. Poderia aproveitar para fazer discurso contra a situação econômica brasileira, que mantém 95% da população sobrevivendo com o mínimo necessário. Poderia brandir minha ira contra os neoliberais, o Consenso de Washington, a cartilha demagógica da esquerda, a utopia do socialismo, a colonização européia. Poderia dizer que George W. Bush joga bilhões de dólares em bombas na cabeça dos iraquianos, enquanto bilhões de seres humanos passam privação na Terra - e aí, cadê a Justiça nesse mundo?

Tantas são as possibilidades que ousarei agir em total desprezo às normas técnicas: não vou apontar nenhum desses fundamentos como razão de decidir. Simplesmente mandarei soltar os indiciados. Quem quiser que escolha o motivo."

terça-feira, 6 de abril de 2010

SE UM CÃO FOSSE SEU PROFESSOR


Você aprenderia coisas assim:

Quando alguém que você ama chega em casa, corra ao seu encontro. Nunca perca uma oportunidade de ir passear de carro. Permita-se experimentar o ar fresco do vento no seu rosto. Mostre aos outros que estão invadindo o seu território. Tire uma sonequinha no meio do dia e espreguice antes de levantar. Corra, pule e brinque todos os dias. Tente se dar bem com o próximo e deixe as pessoas te tocarem. Não morda quando um simples rosnado resolve a situação. Em dias quentes, pare e role na grama, beba bastante líquidos e deite debaixo da sombra de uma árvore. Quando você estiver feliz, dance e balance todo o seu corpo. Não importa quantas vezes o outro te magoa, não se sinta culpado... volte e faça as pazes novamente. Aproveite o prazer de uma longa caminhada. Se alimente com gosto e entusiasmo. Coma só o suficiente. Seja leal. Nunca pretenda ser o que você não é. Se você quer se deitar embaixo da terra, cave fundo até conseguir. E o MAIS importante de tudo... Quando alguém estiver nervoso ou triste, fique em silêncio, fique por perto e mostre que você está ali para confortar.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

pior

Amyr Klink

A pior coisa que pode acontecer na vida de uma pessoa não é quando seu projeto não dá certo, seu plano de ação não funciona ou quando a sua viagem termina no lugar errado.

O pior é não começar. Esse é o maior naufrágio.

domingo, 4 de abril de 2010

A mais bela flor


O estacionamento estava deserto quando me sentei para ler embaixo dos longos ramos de um velho carvalho.

Desiludido da vida, com boas razões para chorar, pois o mundo estava tentando me afundar.

E se não fosse razão suficiente para arruinar o dia, um garoto ofegante se chegou, cansado de brincar.

Ele parou na minha frente, cabeça pendente, e disse cheio de alegria :

-- Veja o que encontrei :

Na sua mão uma flor, e que visão lamentável, pétalas caídas, pouca água ou luz.

Querendo me ver livre do garoto com sua flor, fingi pálido sorriso e me virei.

Mas ao invés de recuar ele se sentou ao meu lado, levou a flor ao nariz e declarou com estranha surpresa :

-- O cheiro é ótimo, e é bonita também... Por isso a peguei, é sua.

A flor à minha frente estava morta ou morrendo, nada de cores vibrantes como laranja, amarelo ou vermelho, mas eu sabia que tinha que pegá-la, ou ele jamais sairia de lá.

Então me estendi para pegá-la e respondi :

-- O que eu precisava.

Mas, ao invés de colocá-la na minha mão, ele a segurou no ar sem qualquer razão.

Nessa hora notei, pela primeira vez, que o garoto era cego, que não podia ver o que tinha nas mãos.

Ouvi minha voz sumir, lágrimas despontaram ao sol enquanto lhe agradecia por escolher a melhor flor daquele jardim.

-- De nada, ele sorriu.

E então voltou a brincar sem perceber o impacto que teve em meu dia.

Me sentei e pus-me a pensar como ele conseguiu enxergar um homem auto-piedoso sob um velho carvalho.

Como ele sabia do meu sofrimento auto-indulgente ?

Talvez no seu coração ele tenha sido abençoado com a verdadeira visão.

Através dos olhos de uma criança cega, finalmente entendi que o problema não era o mundo, e sim EU.

E por todos os momentos em que eu mesmo fui cego, agradeci por ver a beleza da vida e apreciei cada segundo que é só meu.

E então levei aquela feia flor ao meu nariz e senti a fragrância de uma bela rosa, e sorri enquanto via aquele garoto, com outra flor em suas mãos, prestes a mudar a vida de um insuspeito senhor de idade.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

1° de Abril "Dia da mentira"

Há muitas explicações para o 1 de abril ter se transformado no Dia das Mentiras ou Dia dos Bobos. Uma delas diz que a brincadeira surgiu na França. Desde o começo do século XVI, o Ano Novo era festejado no dia 25 de Março, data que marcava a chegada da primavera. As festas duravam uma semana e terminavam no dia 1 de abril.
Em 1564, depois da adoção do calendário gregoriano, o rei Carlos IX de França determinou que o ano novo seria comemorado no dia 1 de janeiro. Alguns franceses resistiram à mudança e continuaram a seguir o calendário antigo, pelo qual o ano iniciaria em 1 de abril. Gozadores passaram então a ridicularizá-los, a enviar presentes esquisitos e convites para festas que não existiam. Essas brincadeiras ficaram conhecidas como plaisanteries.
Em países de língua inglesa o dia da mentira costuma ser conhecido como April Fool's Day ou Dia dos Tolos, na Itália e na França ele é chamado respectivamente pesce d'aprile e poisson d'avril, o que significa literalmente "peixe de abril".
No Brasil, o 1º de abril começou a ser difundido em Minas Gerais, onde circulou "A Mentira", um periódico de vida efêmera, lançado em 1º de abril de 1848, com a notícia do falecimento de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. "A Mentira" saiu pela última vez em 14 de setembro de 1849, convocando todos os credores para um acerto de contas no dia 1º de abril do ano seguinte, dando como referência um local inexistente.